quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Novo endereço

Como o blogger.com é uma bosta, não consegui upar os meus videos aqui. Então mudei de endereço: http://blogdabotinha.blog.com/

O conteúdo continua o mesmo, mas agora é tudo em vídeo, espero que gostem.

Beijos

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Cada vez mais preguiçoso

Cada dia que passa é uma mão maior pra atualizar isso daqui.

Eu fui na oktober de novo, então vou contar dessa última vez que a memória tá mais recente. Mas antes disso vou contar de quinta. Na quinta no Turkys head, um pub aqui perto de casa, é a noite do ska, e como ninguém que eu conheço aqui gosta de ska, fui sozinho mesmo. Cheguei lá pelas 22:30 mas o show só começou às 23:30, fiquei trovando com o garçom que é carioca esse tempo, não lembro o nome dele.

Ah, muito importante, não bebi nada nessa noite. O nome da banda era "Bionic Rats", acho que os caras são irish mesmo. O bom é que o pub começou a encher, e ao contrário das noites do Reggae de Salão em POA, no Turkys tinha várias minas. O som era do caralho, os caras fizeram cover de Bad Manners, The Specials, Bob Marley, The Selecter, Lee Parry e mais uns lá. Tava fodástico o show, mesmo. Voltei sóbrio pra casa, nada demais.

Sexta foi uma bosta, mas sábado fui na oktober de novo, e dessa vez foi mais afudê do que a primeira. Eu tava na casa da Jé e da Cata - já que elas me provém um alimento decente. A gente tinha ficado de encontrar a Ju (preguiça de explicar quem ela é), mas graças as duas, nos atrasamos 2h. Pegamos o Luas (bondinho), e não sei porque a Jéssica e a Ju brigaram, então a Jé saiu pra não sei onde e ficamos a Cata, a Ju e eu. Como podem perceber, à essa hora eu já tava pronto.

A fila tava quilométrica, mas eu com minha malemolência brasileira, consegui um puta furo na fila e em uns 20 minutos entramos na oktober. Não me orgulho do que estou prester a relatar, mas vim pra cá pra virar maloqueiro de 13 anos de novo.

Na oktober tem um esquema que tu paga 5 euros pelo caneco, mas tu pode devolver o caneco e pegar a grana de volta. Como irish é tudo bêbado e burro, eu pegava as canecas "esquecidas" e trocava por 5 euros. Como os irish são realmente muito burros e mais com a ajuda da Juliana, eu bebi pra caralho, comi no mc donalds, e ainda voltei com 27 euros pra casa.

Todos entendem que boa parte da história não posso contar aqui, mas foi beeem afudê a oktober. A parte final já não lembro muito bem, mas a imbecil da Catalina voltou sozinha a pé pra casa, e a Ju eu não lembro que fim levou.

No domingo acordo às 7:30 numa ressaca de merda. Aí às 14h e alguma coisa, a Jéssica me convence a ir com ela pra não sei onde que ela tinha que limpar a casa de um cara. Ela foi fazer o cleaning e eu fiquei dormindo num pub, mas nesse pub tinha a melhor Guinness que eu já tomei EM TODA A MINHA VIDA.

Ela terminou o cleaning e voltei pra casa dela pra comer. Dormi lá e voltei pra casa. Esse post tá chato, eu sei. Mas quem quiser saber da oktober mesmo, me pergunta pelo msn.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Dia do Arthur

O Arthur, como eu comentei no último post, foi o cara que inventou a Guinness. É justo ter um dia pra ele, ou pra Guinness, que seja, porque essa ceva é fora do sério. De qualquer maneira, o meu Arthurs day foi bem maluco.

A gurizada da escola ficou de vir aqui, mas vieram só o Julio, a Marieles e a Adriana. Tomamos caipirinha, umas cevas, e saímos. Ah, elas fuderam os meus planos, eu queria ir na Fábrica da Guinness, porque parece que tu pega uma ou duas pints de graça lá, mas tem que chegar no pico até às 17:59. Como elas se atrasaram, tivemos que ir pro Temple Bar.

Entramos em uns 2 ou 3 pubs, bebemos varias pints. Aí nos perdemos das minas e já não lembro de muita coisa. Tentei encontrar a Jéssica, mas ninguém conseguia me explicar aonde eles tavam. A essa hora já tava chovendo afu, e o Arthur's Day não tem nada demais (só a propaganda é legal), parece um sábado qualquer. Aí fui comer um baguete com o Julio e já voltei pra casa. Às 22h eu já tava apagadão. E não tenho como contar muita coisa, porque de fato não lembro.

Mas o finde foi bem bão. Sexta eu tava numa ressaca absurda, e só fui na casa da Jé comer um estrogonof (não sei escrever estrogonófe e não vou procurar no google). Tava boa a comida, é bom comer alguma coisa decente de vez enquando, porque como eu cozinho só pra mim, e sou preguiçoso, só como massa, arroz, batata e galinha, porque são coisas bem fáceis de fazer. Acabei dormindo por lá, porque ela mora longe e tava frio demais pra voltar caminhando.

Sábado pelo meio dia voltei pra casa. Na sexta de noite eu combinei com o Pablo de ver o jogo do Real Madrid no Living Room, o melhor pub de esportes o mundo, certo. Quando eu tava quase saindo de casa, me liga o Phillip, o alemão que trampa com o meu flatmate, me chamando pra tomar uma ceva. Chamei ele pra vir comigo, e ele topou. Eu gosto desse alemão, apesar dele ele ser meio mangolão (rimou). Tomamos umas 3 pints vendo o jogo, o Real empatou com um time da porra e o Pablo ficou puto, foi bem engraçado. Ele e a Raquel iam voltar pra Espanha no domingo, então pegaram o último bus pra casa.

Depois disso, fui com o Phillip pro Turkys Head, um pub tri afudê e que ia tocar uma banda brasileira. Lá, encontrei a Jé e a Catalina, uma argentina barriga verde. Mas o cara da noite, sem dúvida, foi o Weslei.

Como era noite de futebol, eu tava com a camisa do Grêmio, e isso é imã pra brasileiro, óbviamente. Eu tava pegando uma ceva e do nada veio um cara me agradecer pelo título do brasileirão, de cara deu pra ver que era flamenguista. Ficamos trovando um tempão, ele me contou que mora na Finlândia há mais de 10 anos, é DJ de funk carioca lá. Ele pagou umas 3 pints pra mim e não sei quantas pras minas. Essas que ele pagou, somado as que eu paguei somado as que eu roubei, deu pra ficar bem engraçada essa noite. Como eu sou um bebâdo gente fina, já convidei o cara que eu acabei de conhecer pra fazer uma carne no domingo, lá na casa da Jé e da Catalina.

Mas o engraçado de tudo é que o cara é o pior cafajeste que existe. Pra começar ele perdeu a virginidade com 10 anos com uma mulher de 30. O pior é que eu acredito nele, o que tem de gente maluca nesse mundo não é bobagem. No que a gente continuou conversando, eu perguntei pra ele por que ele tava de camisa e calça social, já que ele "faz som da favela" (palavras dele). Ele me disse que tinha noivado uma irish e tava com a familia dela antes de ir pra lá. E foi aí que ele me falou que ele tinha 3 namoradas e mais 2 noivas. Uma em cada canto da europa e outra no Brasil. E por causa disso que fico na obrigação de comentar que o cara é má feio que bater na mãe e a irish dele é bem pegável. Ficamos mais não sei quanto tempo conversando, e ele foi embora.

Quando eu voltei pro lugar onde eu tava, vi que o Phillip já tava fora da casa, nem ficava em pé direito. Não que eu fosse um exemplo de sobriedade, mas eu tava de boa. A banda era legalzin, apesar da vocalista ser fraca e ter gente demais tocando, sem necessidade. Mesmo assim, tocaram Tim Maia, Jorge Ben e Chico, foi legal. Voltei pra casa, foda que acordei às 11h da madrugada pra comprar a porra da carne pro churrasco.

A merda foi que a loja brasileira tem pouca carne, então só tinha picanha, as costelas tudo já tinham ido. Depois que eu comprei, fui pra casa das gurias, já que aqui não tem espaço nem pra um coração de galinha na geladeira. Chegando lá, a Catalina fez um "almoço", era uma salada com meia duzia de coisa mais que não faz nem merda. Mas tava bom, só que um gordo como eu precisa de 3kg de mato pra ficar satisfeito. Depois do "almoço", as gurias vieram pro centro e eu fiquei dormindo. Às 20h começamos a arrumar tudo, o Weslei trouxe o carvão e a patroa.

Como aqui na Irlanda eles não comem churrasco, eles não tem churrasqueira, só aquelas de bife. E como a Jéssica é um exemplo de inteligência, não tinha luz na rua, e ela marcou o churrasco de noite. Comecei a fazer a carne e a gurizada começou a chegar. Apesar de tudo, a carne ficou bem boa e as outras coisas que as gurias fizeram também. Ficamos discutindo futebol, bebendo e essas coisas. No final todos foram embora, menos o Guilherme (haha). Dormi lá de novo.

Na segunda a casa tava um lixo, mas como eu sou o cara mais legal das américas, limpei quase tudo SOZINHO (espero que a Jéssica leia isso). Volei pra casa e me ajojei. Hoje fui pra aula, larguei meu curriculo em um pub e voltei.

Hoje também um colega (ai, colega) me contou que vai ter oktoberfest aqui e que a ceva é razoavelmente mais barata que o normal, não preciso nem dizer que É ÓBIVO que eu vou. O bagulho começa na quinta, e como não vou sair hoje, nem amanhã, sexta ou segunda que vem eu posto de novo.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Sou um péssimo gaúcho

Segunda-feira (13), o Felipe, meu colega de Brasília, ficou enchendo o saco pra gente fazer uma festa aqui no meu flat. Falei com meia duzia de gente da nossa escola, e todo mundo se pilhou. Segunda de noite, falei com o Francisco (meu flatmate) e ele disse que ia chamar uns amigos também, pra gente fazer uma festa espano-brasileira. Tudo certo.

Na quarta, uma colega minha disse que não ia poder ir porque ela era judia e tinha que fazer o fasten -- ano novo judeu e tem que ficar sem comer nem beber por 25 horas, parece. Mudamos a data pra sábado. Eu falei com o Francisco de novo, mas ele disse que já tinha combinado com todo mundo. Resolvemos que teria festa sexta e sábado aqui. Avisei os meus colegas, só que muitos já tinham o que fazer na sexta. Aí vieram umas 7 pessoas, mais umas 8 ou 9 ou 10 convidadas pelo meu flatmate. Ele fez sangria uma bebida famosa na Espanha, mas é de mulherzinha: vinho, rum, coca, suco de fruta e não sei mais o quê. Não tem gosto de álcool (o que pode ser vantajoso), mas eu não curti muito. Fiz umas capirinhas, mas só as venezuelanas, o alemão e os brasileiros que gostaram.

A minha ideia era tomar umas aqui e depois irmos pro Temple Bar, mas ficamos trovando, e quando vi já era passado 1h da manhã, o que é tarde pra sair. Ali pelas 3h, metade da gurizada já tinha ido embora, o Francisco foi dormir e fiquei eu com os convidados dele. Às 4h, todo mundo vazou. Só pra não dizer que eu não fiz nenhuma piada enquanto eu tava bêbado; o alemão, as venezuelanas e eu estavamos falando de colonização. Aí ele disse que achava engraçadoa história de que os primeiros índios acharam que os cavaleiros em armaduras eram deuses, eu falei pra ele que na venezuela ainda é assim: chega de cavalo do ano e armadura brilhando, que todo mundo paga o teu pau. Só eu ri, mas sou auto-suficiente de piadas, e nem dei bola.

Sábado acordei com um pouco de dor de cabeça, mas comi um bagulho e logo passou. Limpei tudo, e às 21h já chegaram o Sami, o Rafa e o Jef aqui pra nova festa. Pelas 22h, chegaram o Tj e um outro saudita que eu não sei o nome. 22:30 chegou uma penca de espanhóis da minha escola. Só pra constar, o Felipe (que teve a ideia da festa) e a Alemã judia, a Rachel (que fez eu mudar o dia da festa) não vieram.

Tinha sobrado cerveja de sexta, e os espanhóis trouxeram mais muuuuuita ceva. Ficamos todos malucos e fomos pro Temple Bar. No caminho, a gente se separou, o Rafa e o Jef foram numa despedida, 4 espanholas voltaram, porque uma delas começou a passar mal. O resto e eu fomos pro Buskers. Tava muuuito afudê a noite, tirando o fato de o Sami não parar de peidar, tava tudo muito engraçado. Roubei 6 pints praticamente cheias, ps.: eram pints esquecidas num canto, eu não assaltava ninguém. E a partir dessa noite, só digo que sou italiano, todo mundo acredita. É só falar "MADONNA MIA!", e meia duzia de palavras que eu aprendi em italiano que a mentira já cola. Depois de tudo, voltei pra casa.

Domingo fui tomar ceva com uns amigos, e eu fiquei com vontade de sair, eles ajojaram. A Jé ia no The Morgan, um pico mais arrumadin que toca um som legal. Apesar de ela ter se atrasado uma hora e ter me dado o endereço errado, eu tava de bão humor. Tomamos um pouco de vodka e um resto de tequila, na casa de uns amigos dela, e fomos pra lá. O Morgan é um lugar tri, todas as minas mais gatas da história da humanidade se encontram lá aos domingos. Só de ver elas dançando, tu já te inspira pra trabalhar, juntar muito dinheiro, pra, SÓ ASSIM, conseguir uma mulher daquelas.

Não fizemos nada demais aquela noite, voltei pra casa, e não fui na aula segunda de manhã. Na tarde de segunda e na terça deixei o meu currículo em uns bares e lojas que tão pedindo staff pro natal. Terça também arrumei o meu quarto, que tava um lixo, e de noite fui no Dicey's, pra variar, com a gurizada da escola. Conheci um monte de gaúcho do interior (fui com a camisa do Grêmio), e um deles, de Santa Maria, disse que fez um churrascão com musica tradicional com os amigos na segunda, dia 20. Me senti um péssimo gaúcho. Voltei cedo, porque meio que enchi o saco de lá. Fui pra aula hoje, agora tô em casa.

Quinta é o Arthur's day, dia em homenagem ao cara que inventou a Guinness. Todos os museus e a fábrica da Guinness, que são pagos, ficam de graça nesse dia. E todo mundo do interior vem pra Dublin. Então chamei todo mundo pra gente beber caipirinha aqui e depois irmos nos pubs. Sexta eu conto como foi.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Viagem pra Galway

Era sexta-feira de noite, eu não tinha nada pra faze, então liguei pra uma colega minha, a Marcella, perguntando o que ela ia fazer. Ela me disse que não ia sair porque ia viajar pra Galway sábado de manhã. E me convidou pra ir. Eu disse que ia pensar, msa 5 minutos depois liguei de volta confirmando a minha ilustre presença.

Acordei sábado às sete, e pensei: "bá, se pá eras ficar em casa", mas depois de 20 de luta contra a cama, eu me levantei. Caminhei até o Spire e encontrei a Agnes e a Marcella. Pegamos o ônibus e fomos pra Galway. Só pra constar, Galway é uma praia do lado oeste da Irlanda, e é famosa pelos penhascos que tem por lá. São 3 horas de viagem, e a gente ficou falando besteira no início, mas depois eu acabei dormindo, não sei das gurias.

Chegamos em Galway às 11 horas da manhã, e ficamos num hostel bem do lado da rodoviária. Mas o nosso check in era só às 15h, então deixamos as malas num lugar especial que eles tem e fomos comer. Como a gente não conhecia a cidade, perguntamos pros caras do hostel mesmo onde comer barato, o atendente nos falou de uns pubs que serviam o irsh breakfast tradicional, por 8 euros. As duas gurias não tavam muito pelo irish breakfast porque no café que elas trampam elas sempre fazem esse breakfast, mas eu enchi o saco e elas toparam.

O café era bem bom, mesmo, tem uma foto no meu orkut. Como já tinha um monte de gente bebendo de manhã, também pedimos uma pint de Guinnes cada um. Depois disso, voltamos pra rodoviária e compramos uma passagem pra um ônibus turistico.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Esses últimos dias foram bem fodas, por isso demorei tanto tempo pra postar de novo. Mas, pra começar o post já "causando" (bem guei), digo de cara: larguei o trampo.

Quando eu tava de garçom era tranquilo: eu entrava às 16:30 e saía à meia noite e meia. Apesar de toda a merda que eu tinha que aguentar, eu trabalhava 8 horas e recebia por 8 horas. Só que o restaurante tava com o movimento muito fraco, segunda, por exemplo, vinham uns 4 ou 5 clientes a noite toda. Então a Helena me falou que eles não tinham mais porque pagar um garçom, mas se eu quisesse continuar trabalhando lá, eu poderia começar no take-away. Eu topei. Isso era quinta, eu ganhei sexta de off e voltaria no sábado.

Sexta de noite, chegaram umas espanholas amigas do Francisco, 5 minas, 3 gatas. Ele fez uma festinha aqui, tinha gente de tudo quanto é canto do mundo. Conheci o único polish magrelo, normalmente eles são todos gigantes. Também conheci um irish gago, foi foda entender o que ele falava, foda mesmo. O Francisco, que fala inglês muito bem, me falou que também não entende muito bem o que o cara fala. Eu fiquei mais tempo conversando com as espanholas, óbvio, mas como eu tinha que trampar sábado de manhã, não fiquei muito tempo.

Comecei no sábado ao meio dia. Era o Dino que tava me ensinando tudo, foi tranquilo até, acho que ele tava de bom humor naquele dia. Aprendi tudo o que tinha que fazer lá: cortar batata, fazer os hamburguers, preparar a galinha, limpar tudo e por aí vai. Era um trabalho beeeem pesado. Alí por volta das 18h, o resto da familia começou a aparecer, e o Dino sumiu. Continuei trabalhando, até que a Lisa disse pra eu virar o noite lá, eu me caguei todo, não ia ter condições de virar a noite. Mas continuei. Uma hora depois, umas 19h, o Dino aparece e me pergunta por que eu ainda tava lá, respondi que a Lisa tinha me pedido. Ele xingou a Lisa e falou pra eu voltar na segunda.

Como eu tava louco pra tomar uma ceva, ainda no ônibus de volta, liguei pros meus colegas pra gente sair. O Felipe e o Saulo tavam no Buskers, cheguei em casa, tomei banho, e fui lá encontrar com eles. Ficamos de boa lá, tavam a Marielis, uma venezuelana, e outra amiga dela que eu não lembro o nome. Como eu disse, ficamos de boa, até que o Felipe esbarra em um polonês que mais parecia o Brock Lesnar (vide no google). Assim que o Felipe esbarrou nele, o Lesnar grita BEM ALTO: "Don't you touch me!". Me levantei e fui em direção a eles.

Em 5 segundos eu vi toda merda acontecer e pensei: "O Lesnar dá pra derrubar porque ele não vai me ver chegando, mas o que eu faço com os outros 5 polish?". Só um parênteses pra quem não sabe, os polish são a maior comunidade de estrangeiros aqui, são tudo loco e são TODOS gigantes. Pra vocês terem uma ideia de como eu vi a morte de perto, o Felipe tem 1,90, é o maior dos brasileiros, e ele era menor que o menor dos polish.

No que eu tava indo esboçar uma reação, um dos amigos do Lesnar separou a briga e pediu desculpas pelo amigo que tava bêbado. Eu juro que quase me mijei de alivio. Um tempo depois a gente foi pra rua, pras gurias pegarem um taxi. A gente mal saiu do pico e rolou uma briga de verdade. Fiquei por perto pra ver quem era ou o porque da briga, mas não deu pra ver. Mas foi impressionante a velocidade da reação da policia e dos seguranças. No temple bar, os pubs são bem próximos, e logo que a briga começou, os seguranças de outros pubs vieram ajudar. Em menos de 1 minuto, tava cheio de polícia e segurança na frente do Buskers. Depois de tudo isso, cada um foi pra sua casa.

Domingo saí com o Francisco e as amigas dele, a gente foi no Turkeys head, um pub legalzin aqui perto de casa. Eu tava falando direto com uma das minas, mas o Francisco fez o favor de dizer que eu tinha 21 (todas elas tinham mais de 28) depois ela ficou me tirando pra piá. Mas foi legal a noite mesmo assim, vou procurar elas no facebook, já que elas tiraram um monte de foto comigo. Pelas 4 horas da manhã, voltamos pra casa.

Segunda entrei às 16:30 no take-away, só que foi o Aqmel (paquistanês) que continuou o trainee. Ele não fala quase nada de inglês, mas era trabalhador, paciênte e tava sempre de bom humor. Ele me contou que tava no emprego há dois anos, e que mais de 20 pessoas já passaram pela vaga que eu tava. Com o tempo, a gente passou a se entender melhor, aí perguntei da vida dele e tal. Ele tem 5 filhos e duas mulheres, uma aqui e a outra no paquistão. Mas às 2 horas da manhã, o Arqmel já não tava mais de bom humor, e nem tinha como, o trampo era muito pesado. Ali pelas 4 e pouco a Helena apareceu pra nos dar carona pra casa, cobrando 3 euros, óbvio. Ela me deixou por segundo, cheguei em casa às 5 horas da manha. Terça o mesmo.

Mas terça no caminho de volta, tive a brilhante ideia de perguntar pra minha gerente quanto eu receberia por noite, porque 8.56 vezes mil horas, eu ganharia uma grana. Mas ela me disse que eu receberia 75 euros por noite. 75 euros é o minimo pra 8 horas de trabalho durante o dia. Mas eu disse "ok" e fiquei na minha. Quarta, ganhei folga, e mandei uma mensagem dizendo que tinha arranjado outro trampo (mentira). Larguei fora, sem condições aquela merda, mas tenho o bastante pra pagar o aluguel do mês que vem, então tá de boa.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Semana de Trabáio

Acredito que as poucas pessoas que têm lido essa merda estejam curiosas pra saber do meu emprego de garçom. Eu trabalho no Lisa's Trattoria, o restaurante italiano mais antigo de Dublin e cheio de prêmios. Até aí, pareceria perfeito, mas é uma merda.

Lá é um family business, o que eu pensei que seria bom. São 5 pessoas me dando ordens totalmente diferentes. A famíla é o seguinte, Dino e a Lisa são os velhos, Ana e a Helena as filhas. A Ana é a gerente do restaurante, o resto trabalha no "Dino's Take Away", exatamente do lado do Lisa's.

Então a Ana é que deveria me ensinar tudo, e no começo eu gostava dela. Ela me diz: "Fábio, faz desse jeito", aí eu vou fazer desse jeito e vem a Lisa: "Fábio, what are you doing? It's not like this". Faço do jeito da Lisa e vem a Ana, "Fábio, I taught you yesteday, how can't you not remember?".

A Lisa sempre me fala da higiêne e blá blá blá, que eu tenho que usar luvas pra cortar o pão, mas quando ela corta, óbviamente, ela tira a mão do rabo e corta o pão sem luvas. Pra segurar os pratos, eu tenho que usar pano de prato, a Ana enfia o dedão na comida. E assim têm sido as minhas noites.

Ele passam o tempo todo gritando e xingando, sério, o tempo todo. Eu entendo que eles são italianos e até dá pra aguentar porque é o jeito deles. O que fode tudo lá é o Mário, o filho de 6 anos da Ana. Ele é a criança mais mimada que eu já vi, ele bate em todo mundo, inclusive em mim, e pede, ou rouba, pelo menos 25 euros por dia. Só faz merda e fica gritando o tempo todo, niguém tem controle sobre ele, ele faz o que quer na hora que quer.

Quarta-feira foi punk, eu não consegui entender o motivo em específico, mas o foi o Mário que começou a maior baixaria que eu já vi na vida. A Ana e a Helena começaram a se pegar no pau, se jogaram facas, garrafas, jarras, tudo o que tinha pela frente, foi tenso. Eu tava atendendo duas mesas nessa hora, e dava pra ouvir tudo: "fanculo", "porca putana, "puta madre" e por aí mais. Depois não sabem porque o restaurante nunca enche.

Depois desse dia, a Ana passou a ser a pessoa mais mal humorada do mundo. Me xinga por nada, e disse que não precisava de garçom, que ela poderia fazer tudo sozinha. Pensei que ela fosse me despedir nessa hora, porque, na verdade, se ela não fosse louca, ela conseguria fazer tudo sozinha mesmo, já que lá nunca enche mesmo. Foi aí que o Dino veio me defender, ele falou que eu sou um guri inteligente e que só não tenho aprendido direito, porque a Ana tá com a cabeça no filho. O que é verdade.

Somado à toda essa merda, eu acordo as 8h pra ir pra aula, chego ao meio dia em casa, e vou dormir. Acordo às 14:30 e às 15:00 tô saindo de casa. 16:30 começa o trampo, 00:30 acaba, 1h a Helena me leva pra casa -- ela me cobra 3 euros pra isso.

Hoje fui lá pra gente conversar sobre o meu futuro nos negócios deles. Ficou decidido que as segundas e terças das 16:30 às 00:30 eu vou ser garçom full time, porque nesses dias é a Ana quem cozinha, aí eu fico encarregado dos clientes. No resto da semana vem o Jason (um chinês que parece um robô, ele é o chefe e o kitchen porter e não faz break) então a Ana cuida dos clientes. E nos dias em que o Jason vem, eu trabalho part time no Take Away das 11:30 às 16h. Vou terminar o trainee semana que vem, e quando terminar, vou tirar 968 euros por mês, o que dá pra viver muito bem aqui. Esse horário é perfeito pra mim, porque não trabalho tanto e tiro uma boa de uma grana.

Em setembro o Mário volta pra escola, então acho que as coisas vão melhorar. Mas todo o dia tem sido um exercício de paciência. A melhor parte do trabalho, acreditem ou não, é a hora de lavar os banheiros, porque ninguém me enche o saco, ninguém me xinga por nada. Hoje me deram folga, amanha às 13 começo no take-away e é o Dino e os outros estrangeiros que vão me treinar, acredito que vai ser bem melhor.

O trampo é uma bela bosta, eles me disseram que os meus problemas devem sempre ser deixados em casa, mas os deles eles nunca esquecem de trazer pro trabalho. Espero sinceramente que melhore agora, mas definitivamente, só tô lá por causa da grana.

Hoje tirei folga, comprei um tênis de 6 euros e ceva, vou beber e dormir, porque amanha trabalho.

domingo, 15 de agosto de 2010

Semana inteira

Porra, faz uma cara que eu não escrevo e muita coisa aconteceu nesse meio tempo. Então vou tentar organizar tudo de uma forma legal.


Casa nova:

Como eu já havia dito, tô morando no centro agora perto da Capel Street e da Parnel. Aqui é bom porque tem supermercados e uma feira há 5 mim de caminhada. Eu divido o quarto com o Arsian, o paquistanês. A gente tem trocado ideia direto, ele é muito gente boa. Mas ele tá em Dublin há 4 anos, e já não aguenta mais, só que ainda faltam dois anos pra terminar a faculdade de Business dele. Agora ele anda meio de mau humor, porque ele é muçulmano e começou o Ramadã. Durante o Ramadã, tu só pode comer depois que escurecer, só que aqui só escurece as 21h, então imagina quanto tempo o Arsian fica sem comer. Só que aqui na Irlanda, como na maioria dos países do mundo, o mês do Ramadã é um mês como outro qualquer, ele não pode pegar mais leve no trampo , por isso o mau humor.

O espanhol é o Francisco, ele tá desempregado. Ele procura emprego degerente de não sei o quê. Ele tá aqui há 2 anos, já morou na Índia e na China. Eu perguntei pra ele se ele pretende voltar pra Espanha um dia, ele me disse que se arranjar um bom emprego aqui, não volta mais. O engraçado é que ele é tri bebado, direto ele chega em casa às 21h bebasso.

Eu moro num condomínio que só moram estrangeiros, até onde eu sei. Então imaginem que não é nada muito chique. Mas os vizinhos são todos tranquilos, o único que incomoda é um mendigo que mora na frente do meu prédio. Tchê, eu sou pior que Kaiser pra ele: é só ele me ver que ele já começa a se cagar. Não foi uma nem duas, cara, umas 4 vezes que eu tava voltando pra casa, ele tava cagando no meio da rua. Dizem que minha zona é perigosa porque tem um mendigo e 4 pixaçoes, mas pra mim tá bem de boa, volto sozinho de noite bem tranquilo. Morar sozinho é bem melhor que morar em hostfamily e também é mais barato. Aqui tô pagando 250 de aluguel, posso fazer minha própria comida e não gasto com ônibus. E como os caras são gente boa e limpos, tô curindo afu o meu ap.


Meio da semana:

Na terça, meu visa (visto) ficou pronto, aí tava na hora de ir atrás de emprego. Todo mundo que eu falava sobre "deixar currículo" me dizia que tinha ido no Temple Bar ou no Centro. Então, na quarta, não pensei duas vezes, peguei um ônibus e fui pra bem longe. Nesse dia deixei o meu currículo em uns 6 lugares. Em geral, os caras elogiaram o meu inglês, teve até um gerente que falou que eu devia dar aulas pra os brasileiros que trabalhavam lá. Na quarta de noite, às 23:30 , mais especificamente, alguém me liga marcando uma entrevista pra sábado às 20h. Mesmo assim, quinta e sexta continuei deixando cvs na quinta e na sexta.

Sexta:

Sexta cheguei em casa ali pelas 18h e a Marcela, uma colega minha, me ligou convidando pra uma festa na casa de uma francesa. Comprei umas cevas, e comecei a fazer um arroz com galinha. Tava tomando uma vodka ruim pra caralho e ceva enquanto comia. Me econtrei com ela pelas 22h e no ap dela. Lá tinha um Tcheco e ele confirmou a história de que em Praga, os trabalhadores fizeram uma greve geral quando o governo tentou proibir o consumo de cerveja durante o expediente de trabalho. Sou fã dos tchecos.


No flat da minha colega, eu bebi mais vodka e mais ceva, saí de lá pronto. Fomos pro flat da francesa que era bem perto da minha escola. Chegamos, e tava cheio de brasileiro, pra variar. Eu tava tri doido já e comecei a fazer amizade com todo mundo. Mas dei um fora excepcional nessa noite, foda. Comecei a falar de tatuagem com 3 minas e um cara, eu tinha acabado de conhecer eles. Cada um foi mostrando a sua e tal, e o cara me mostrou uma tattoo que ele tinha nas costelas. Era uns negócios escritos, e o bêbado idiota do Fábio já falou bem alto: "que tatuagem bem gay, meu". Ele me olhou e disse: "é que eu fiz em homenagem a minha mãe que morreu".

Caralho, eu juro que congelei nessa hora. Nem sabia o que dizer, tava escrito tipo "ninguém morre quando se está na lembrança", mais alguma coisa e "te amo, mãe". Eu pedi desculpa pro cara, e ele disse que tava de boa. Sorte minha que eu tava bêbaado, senão, depois dessa eu até voltaria pra casa. Ficamos mais um tempão no ap, até que os vizinhos começaram a reclamar e a gente foi pro Temple Bar.

No caminho pro Temple Bar, eu comecei a falar com os franceses, eram umas 4 minas e um cara. Falei que eles tinham fama de serem sujos no Brasil, o cara ficou de cara e não falou mais comigo. Mas as minas ficaram rindo e ficamos falando bosta A partir daí, minha memória já começa a falhar. Chegamos no Templo Bar, eu encontrei os meus colegas. E depois já comecei a voltar pra casa. Tudo parece ter sido em 5 minutos. Agora pensando, isso devia ser umas 2:30, porque nesse horário já não dá mais pra entrar nos pubs. E eu tava me mijando, cara, e ninguém me deixava entrar pra ir no banheiro.

No que eu tava voltando pra casa, comecei a mijar no chão. Antes de eu começar a sentir prazer, veio a porra da Garda (a polícia deles). Eram 3, mas só um tava muito de cara comigo, perguntou se eu ia gostar se ele fosse no Brasil e começasse a mijar nas ruas. Eu pedi desculpa e expliquei que não me deixaram entrar pra mijar, mas antes de eu terminar de falar a última parte ele já gritou: "Don't say I'm sorry, don't say it". Fiquei quieto, dando graças a deus que não tava no Brasil, se fosse lá, o policial já ia chegar me esculachando. Terminei e continuei caminhando.

Sábado:

Sábado acordei, comi e fui lá pra entrevista. A vaga era pra ser Kitchen Porter num take away chinelão pra caralho. Mas eu tava de boa, ia ficar lá até conseguir algo melhor. A gerente me chamou e a gente trocou uma ideia na frente do restaurate, ela perguntou um pouco de tudo e perguntou se eu era estudante, falei que era. Aí ela disse que eu só iria poder trabalhar 30h por semana, o que seria ruim, porque eu ganharia menos. Depois, ela me chamou pra sala dela. Conversamos mais uns 20 mim e ela me fala que eu tinha um bom inglês e uma boa aparência (sou gato) e que ela ia me botar pra ser garçom num restaurante italiano que era da família dela também. Quando ela falou isso eu juro que quase de um beijo naquela gorda.

Amanhã começo o trainee, são duas semanas de treinamento e eu ganho 45 euros por dia. Depois das duas semanas, se eles gostarem de mim, começo a receber 9 euros por hora e posso trabalhar 40h semanais, ou mais. O horário que é meio foda, é das 16:30 às 00:30, mas azar. Saí de lá as 21:30 felizasso, mas tava cansado afu. Fui num pub com os meus colegas, ficamos de boa, fique sóbrio e às 3h já voltei pra dormir. Hoje vou consertar a pía que entupiu e coçar o dia todo.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Casa Nova

Foi difícil, mas aqui estou.

Vou começar do começo, pra todo mundo poder entender porque ontem foi um dia de merda. Semana passada, eu abri conta no AIB, um banco que nossa escola indica,.7 dias depois (terça, 03/08) recebi uma carta dizendo que minha conta estava ativa. Fui pra aula de manha, depois fui no baco depositar mil euros e pegar o extrato desses mil euros, porque tenho que apresentar isso pra pegar o meu visto. No meu passapuerte diz que eu só posso ficar aqui até domingo agora, e isso era terça, eu tava cagada já. Fui no AIB e perguntei quanto tempo demorava pra chegar o extrato, a mina falou que eram de 2 a 5 dias úteis.

Como eu tinha pouco tempo e não tinha os mil euros - porque a porra do meu cartão brasileiro não tava funcionando. Liguei pra Jé e pedi 300 euros emprestados, e perguntei aonde eu poderia abrir uma conta pra pegar o extrato o mais rápido possível. Ela me falou de um banco nome do banco, na Grafton street, fomos lá. Abri a conta em 1h e já depositei a grana, a mina que abriu a minha conta falou que em dois dias o meu extrato tava em casa. Fiquei tranquilo.

Quarta só arrumei as minhas malas, não fiz mais nada. Quinta não fui na aula pra esperar a carta, que não chegou. Mas eles tinham me dado um papelzinho dizendo que eu tinha depositado a grana na minha propria conta, fui até a imigração, e o cara disse que aquilo não valia. Fui pro banco, e pedi qualquer coisa que provasse a grana, eles disseram que não era possível. Nessa hora eu me caguei todo, "só o que falta eu ter que voltar agora". Fui na imigração de novo, e falei com o pessoal encarregado do visto, fiquei uns 15 mim na fila. Esse cara falou pra eu não me preocupar, porque na verdade, todo mundo pode ficar até 3 meses na Europa sem visto, e que qunado o extrato chegasse, eu deveria ir lá.

Quinta-feira, era o meu ultimo dia na hostfamily, então voltei no banco e tentei sacar 550, 300 pra pagar a jéssica, e 250 pra pagar o aluguel do meu flat. Só pra deixar claro, são 20 mim de caminhada entre a imigração e o banco. Cheguei no banco e fui sacar os 550, nisso a mulher me fala que alguém fez merda na hora de abrir a minha conta e que iria demorar pra eles conseguirem pegar a minha grana. Fiquei de cara pra caralho, e fui dar uma banda.

Fui na Trinity College, porque é perto dali e é bonito o lugar, me deitei num banco e dormi quase uma hora, fiquei jogando no meu celular de 2ª comprado de um china, mais meia hora, me irritei e voltei no banco. Os caras pediram desculpa e me deram os 550, caminhei até a casa da Jéssica (30 mim) e já dei a grana pra ela. Peguei o 16 e cheguei em casa. Fiz um sanduíche com umas coisas que eu ainda tinha lá, porque eu já não tinha mais direito a janta. As 20h eu peguei outro 16 e vim pro centro encontrar o espanhol que mora aqui. As 21h eu tava no ap. Mas até então eu só conhecia o Francisco, o espanhol. Tava curioso pra saber como era o paquistanês.

Como eu tava acabado, fui dormir. No meio da noite o paquistanês entrou no quarto e foi dormir, eu tava podre e não ia conversar com o cara no meio da madrugada. Acoredei de manha, às 8h, (antes eu tinha que levantar às 7) ele tava dormindo na outra cama, mas não fiquei encarando ele, vai que acorda e pensa que eu sou psicopata. Na volta da aula comprei arroz, ovos, tomate, batata, azeite e mais meia duzia de coisa pra comer. Fiz ovo, arroz, e tomate, ficou bão. Depois de eu comer o paquistanês apareceu, ele é alto pra caralho e parece indiano. Ele me disse o nome dele, mas eu já me esqueci (faz meia hora que eu falei com ele).

Agora vou lavar a louça que eu usei, tomar um café e voltar pra minha antiga casa pegar minha outra mala. É uma mão. Como eu tô no centro, minha vida tá mais organizada, e eu não perco mil horas no ônibus. Por isso, vou tentar escrever todos os dias. Ah, hoje vou numa festa na casa de uma espanhola, amanha conto pra vocês, se eu me lembrar, claro.

domingo, 1 de agosto de 2010

Sexta-feira

Depois de um grenada de merda, me dei conta que eu tinha saído na sexta e esqueci de contar pra vocês.

Sexta depois da aula, eu meio que intimei todo mundo a ir no condomínio onde a maioria, senão todos, os nossos colegas espanhóis moram, pra gente tomar uma ceva. Todo mundo se pilhou, e eu marquei de encontrar a seleção (meus colegas brasileiros) no Spire às 18h pra gente ir junto pra lá. E fui pra casa.

Eu tava indo pra parada de ônibus quando começou a chover, só que tinha vento pra caralho, então chovia "de lado", o que, obviamente, é uma bosta, porque tu não consegue se protejer da chuva. Meu bus demorou uns 25 mim, não sei porque, no que eu me entrei e me sentei já comecei a dormir. Como demora uns 40 mim, eu apago merrmo.

Acordei com alguém me balançando, era o motorista. Acordei bem perdido, desci do bus e esperei mais 20 mim pelo próximo. Aqui o bilhete de ônibus vale por um dia, tu pode usar 34 vezes num dia, pagando apenas uma passagem, então não dá nada. Peguei o 16 no outro sentido, e mais 20 mim cheguei em casa. Depois de todos esses imprevistos, mal tive tempo de almoçar e cagar, já tive que sair correndo pra voltar pro centro.


Cheguei umas 18:15 no centro, e lá estavam o Jeff e o Felipe. Fomos atrás de ceva barata, eu e o Felipe compramos 8 Carlsberg pra cada mais 6 pacotes de batatinha pra futura larica. O Jeff comprou uns 37 energéticos (que aqui é bem barato) e um pacote de kikat. Aí fomos pegar o 16a no sentido norte, eu pego sempre o 16 no sentido sul. Na parada, encontramos o Murphy, o da lei mesmo.

SEMPRE que eu vou pegar o 16 pra vir pra casa, passam 2 ou até 3 16a. Dessa vez foi o contrário. Na parada já tomamos um energetico e a larica já começou. A única coisa boa, é que nessa hora a chuva tinha parado. O trânsito tava uma merda, porque eram quase 19h de sexta, e pra piorar, tinha a porra de uma "passeata de bicicleta", pelo dia do "não sei o que do caralho" que trancou ainda mais as ruas.

Depois de uma hora, chegou o 16a, só que ele encheu e não teve mais espaço pra nós. Aí me deu uma saudade de ônibus em Porto Alegre em dia de vacinação: todo mundo suando, todo mundo apertado, mas todo mundo indo. Liguei pra uma colega minha, e ela me falou que dava pra gente pegar o 4a, e em uns 15 mim cheogou o 4a, e finalmente fomos pra casa dos espanhois.


Descemos do ônibus, e milagrosamente eu lembrei o caminho até a casa deles (quem já andou de carro comigo sabe o que eu tô falando). Entramos e eles já tavam bebendo, mas sem problemas, tinha BEM mais mulher do que homem. Começamos a tomar nossa ceva bem quentinha e fomos trovando com todo mundo. Tinha um viado lá que se apaixonou pelo Jeff, foi bem engraçado. Como eu tava sóbrio essa hora, consegui convencer alagumas espanholas que se diz "oi, quero te dar" em português é tipo um "olá, tudo bem". Depois de uma hora, eu acho, chegaram mais uns espanhois, só homens, infelizmente.

Mas tinha um deles que eu nunca tive a oportunidade de conversar muito, e como eu já tava começando a ficar ébrio, não tinha por que não. O cara era igual ao Outdor, não é assim que se escreve, mas é o centro-avante da seleção dos EUA. Ele tava tomando Jameson, um whiskey irish, bom até. E fique tomando com ele falando sobre futebol. Aí ele disse que o Ronaldo era o melhor jogador de todos os tempos, isso mesmo, o gordo. Eu juro que quase beijei ele quando ele falou isso.

Tava tocando umas musicas que eu não conhecia, mas uma hora, não sei por que, começaram a dançar "na boquinha da garrafa". O Outdor tentou dançar, aí ele de Outdor passou a ser chamado de Jacaré (o do "é o tchan"). Mais uma meia hora, muita ceva e whiskey fomos pegar o ônibus pra ir pro TempleBar, a cidade baixa daqui, acho que já tinha mencionado isso.

No ônibus, o Felipe começou a trovar com uns irish, e como tinha uma muito gatinha, já me meti também. Eu me lembrei que irish não gosta de brazuca então tentei mentir que era da Itália. Tava tudo indo bem, até eu começar a falar merda, me confundir com as histórias, e uma das bixas irish, se ligou que eu era brasileiro. Essa foi minha última lembrança por um tempo. Depois me lembro de a gente em algum pub. E depois de mais nada.

Acordei pordre, e era sábado. Eu tava na casa de uma colega minha, e ela disse que eu não fiz nada demais (GRAÇAS A DEUS). Fui comer e voltei a dormir sôssegado. Acordei de novo, e peguei dois ônibus pra voltar pra casa. Sábado e hoje não fiz nada.


Só pra avisar, eu tô morando numa hostfamily longe de tudo e de todas, e agora vou me mudar pro centro. Vi uns dois flats, amanhã acho que vejo outro. Mas o mais provável é que eu fique num ap que eu vi semana passada e gostei bastante. O foda é que vou dividir quarto com um cara. Mas pelo menos somos só 3 e o ap é grande até. Vou dividir o quarto com um paquistanês, e um espanhol vai ter um singleroom. Curti o lugar, é um condominio chinelão, há uns 10 mim do centro, e 25 até a minha escola, tá beleza porque não gasto em bus.

Outra coisa, os 4 piás italianos que moravam aqui já voltaram. O alemão maluco também, e o imbecil perdeu o voo. Ele passou 3 semanas aqui, saiu só duas vezes, uma delas foi na noite anterior ao voo, ele ficou bebado e dormiu demais. Quinta vieram dois italianos, um de 12, o Fábio, o outro, que me esqueci o nome, tem 14. Hoje chegaram outros dois italianos o Stéfano e o Lucca, um de 23 e outro de 20, não sei qual é qual. Não falei muito com eles, mas parecem ser gente boa. Ganhei deles na sinuca duas vezes.


Acho que era isso, hoje (aqui já é segunda) é bank holiday, feriado. Então talvez eu vá no no centro ver outro ap, ou passar o dia coçando o saco, o que é sempre bom.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Uma boa desculpa, ou duas

Tive uma boa ideia hoje: não escrevo todos os dias, porque nem sempre acontecem coisas "engraçadas". Mas como eu tô há tempos sem escrever, vou contar de ontem.

Ontem de tarde fui num estúdio de tatuagem com uma colega minha, o "Dragon Tattoo". O estudio era bem simples, então eu pensei que os 50 euros por uma tattoo pequena que minha amiga queria fazer era um roubo, mas não era.

Eu falei pra ela, que se ela chorasse, eu nunca mais ia falar com ela, e nós apostamos uma pint. O tatuador era muito gente boa, tinha sotaque pra caralho -- agora imito com perfeição o sotaque irish, então me lembrem de imitar o cara quando eu voltar. Ela não chorou, mas nos longos 15 mim de tatuagem, ela pediu pro cara parar umas 4 vezes. Então eu e o tatuador decidimos que ela tinha perdido a aposta. Saí do centro as 16h, cheguei aqui umas 17h, tomei banho, e comi rápido porque as 19h eu tinha que tá no Dicey's.

O Dicey's é como o élio de dublin, só que a diferença é que o Dicey's não é sujo, não vende cachorro quente, e mulheres descentes frequentam o lugar. Sem querer ofender as lindas mulheres que frequentam o élio com regularidade. Fui pra tomar duas pints, tomei 5. Fiquei bebado e tô de ressaca escrevendo.

Mas então, ontem foi tudo igual, fui com a gurizada da turma. Demos risada pra caralho, eu, obviamente, só ensino merda pras espanholas. E ontem foi mais engraçado ainda, só porque eu tava mais bebado que de costume, provavelmente. Tinham duas espanholas novas, e eles foram querer aprender portugues justo comigo, coitadas. Elas me perguntaram como se diz em portugues "Que passa, tío?", tipo um "e aí, beleza?" da Manuela. Tentei me manter sério, e disse: "In portugueses, you should say "Oi, sou Helena (o nome de uma delas) e eu quero te dar?". And the guys should say, "Oi, sou o Fábio e quero te comer".

Elas ficaram meio suspeistas porque eu tava quase rindo. Mas mesmo assim elas falaram com um colega meu, que tava bebasso, "Oi, sou a Helena e quero te dar". Eu ri sem parar da cara delas, foi muito engraçado. Meu colega, o Jef, então quá morreu. Pra voces terem uma noção, ele tava tão bebado que na hora que eu falei, "pra quem tá se afogando, qualquer toco é barco", ele também quase morreu rindo.

Depois de tudo isso, ali pelas 23h fui pegar o ultimo bus pra voltar pra casa, eu pego o 16 pra voltar pra Dublin 16, mas eu queria mesmo era morar no bairro "out of service", porque é o bus que mais passa de noite. Cheguei em casa cheio de fome, e bebasso. Fui direto pra cozinha fazer um pão, e a dona da casa, a Phill, não parava de falar comigo. Me lembrou a minha mãe, quando eu chegava em casa na mesma situação. Ela queria que eu botasse um bilhete no mural da minha escola com as informações aqui da casa. Eu disse pra ela que ia por, mas não fui na aula, nem jogar bola hoje, a ressaca tá uma merda. E eu tive a agradável descoberta que a Guinness, com seu maravilhoso sabor, também dá caganeira (y).

A segunda desculpa, é a das fotos. Minha irmã disse pra eu tirar fotos que eu apareço, mas o Timer, amigo do Pedro, não quis vir pra Dublin, por causa do fuso horario, e como eu já não gosto de fotos, não tirei nenhuma. Mas agora vou tirar uma das ruas, sem aparecer, não reclamem.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Quarta e Quinta

Não tenho escrito todos os dias, porque tenho mais o que fazer (mentira). Mas vou contar agora de ontem e de hoje. Ontem fui no Dicey's, pra variar, tava bem afudê porque foi a gurizada da minha escola e mais umas outras espanholas amigas das minhas colegas. Como eu me conheço, depois da aula, comprei umas Budweiser a 1,89 euro, eu acho, pra tomar em casa antes de ir no pico. Almocei, dormi um pouco, e fui tomar as cevas. Nisso, eu recebo uma ligação pra uma entrevista de emprego pra ser Kitchen Porter num lugar de corrida de cavalo, marquei a entrevista pro outro dia (hoje), as 15:30.

Eu tinha convidado os espanhois que moram comigo, agora tem mais um, o Luís. Só que no Dicey's só entra maior de 21, e os três tem 19. No que a gente encontrou a minha turma, o segurança falou pra eles que depois das 21h eles podiam entrar, só que depois das 19:30 tem que pagar 5 euros. Eu entrei, isso era 18 e pouco, tomei umas, e eles me ligaram, dizendo que não tinham conseguido entrar. Então eu dei uma banda com eles, pra não ficar chato, mas logo já voltei pro Dicey's. Eu acabei ficando bem bebado, e não lembro muito da ordem dos acontecimentos depois disso, mas tava muito afudê a noite.

Voltei pra casa dos espanhois, dormi lá. De manha, todos os espanhois foram pra aula e eu vim pra casa, pra dormir antes da entrevista. Cheguei em casa, ainda meio bebado e fui dormi sem tomar banho (tipicamente irish). Fui pro pico, tive que pegar 2 onibus, mas cheguei cedo até.

A entrevista era num cafe dentro do complexo das corridas de cavalos. Tinha gente pra caralho no café, e só tinha 4 vagas em aberto. Mas eu fiquei tranquilo e, pra variar, comecei a falar com estranhos que dão doces. Acabei trovando com dois brazucas o Tessé (acho que é isso) de Sorocaba, que tá aqui ha uns 2 anos já, e o outro era o Diego, um cara maluco de BH. Uma meia hora depois veio uma mulher e chamou uma gurizada pelo nome, esses eram os que queriam trampar de garçom, e eram a maioria. Os que tavam disputando a minha vaga eram uns 20 e poucos.

Aí chegou um americano pedindo desculpa pelo atraso e blá blá blá. Fomos pra uma sala dentro do restaurante que tava oferecendo a vaga. Depois de muita conversa o cara falou que a gente ia fazer uma prova e tal. Nos dispomos em umas mesas individualmente, aí começou a parada. Nós tinhamos 3 minutos pra terminar a primeira parte. E o cara fica dizendo: "3 minutos, 2 minutos e 50, 2 minutos e 45", fazendo pressão afú. Eu demorei um pouco pra começar o teste, e logo já tinha um monte de gente gritando, levantando, contando, dizendo "I'm a leader" ou coisa parecida. Aí eu fiquei confuso, e acabei fazendo o outro exercício, bem burrão. Depois de terminar o exercício 2 eu voltei pro 1 e tinha uma lista de coisas pra fazer, do tipo escrever na pagina o teu nome, desenhar uns bagulhos, gritar, contar até 10, dizer se tava gostando do teste ou não, e umas coisas assim.

Então eu comecei a fazer tudo bem rápido, mas não gritei nem nada, pra ninguém pensar que eu era burro e tinha feito o exercício 2 primeiro. Depois de riscar em toda a folha, chego na ultima frase do exercício: "Now that you read with carfully, as order in the statment 1, you should do only the statment 2", que era escrever apenas o nome no topo da folha. Moral da história, tava cheio de gente burra pra fazer o teste comigo, inclusive eu. Mas essa foi a parte que eu fui bem.

Depois do tempo da prova acabar, o cara chamou um por um pra conversar, eu fui o 6º. Ele se apresentou e tal, perguntou ha quanto tempo eu tava na Irlanda e essas coisas. Depois me perguntou do meu currículo falcatrua, "Have you worked in a big kitchen", eu disse que "sim" e ele: "How many chefes were with you?", PUTA QUE PARIU, quantos chefes tem numa cozinha grande? Ou numa cozinha pequena? Eu disse 8. Ele me olhou (eu tava quase rindo já) e disse "how many porters worked with you? And what was the equipament that you have used?", eu pensei de cara, "tô fodido", não sei nem o nome da geladeira da minha casa, como vou saber o nome da porra de uma máquina de lavar. Falei pra ele que trampavam comigo 6 porters, mas que a gente não tinha que lavar nada, as máquinas faziam quase tudo, e disse que não lembrava do nome das máquinas. Ele deu uma risada e disse que era isso por hoje.

Peguei o bus 7, até o centro, depois o 16 pra casa, onde dormi que nem criança. Jantei e vim escrever.

sábado, 17 de julho de 2010

Ainda sem fotos

Poisé, quarta a professora pediu pra gente levar fotos pra aula de quinta, pra gente treinar descrição de pessoas e tal. "Tranquilo", eu pensei, levo a máquina e depois da aula dou uma banda pra tirar umas fotos. Só que eu sou imbecil e esqueci que a merda da câmera tava com pouca bateria. Mas já era, cedo ou tarde vão ter fotos aqui. Mas isso não é importante.

Quinta fui almoçar na casa do Sami, eu e o Everaldo, dois colegas meus da escola. Os dois são muito gente boa, e o Sami morou na mesma Guesthouse que eu. Ficamos 3 horas falando merda, depois fui me encontrar com a Jéssica pra gente dar uma banda e entregar os nossos currículos. Mas no que eu chego no ap dela, ela tava brigando com o namorado. Uns 20 minutos depois chegou o Dimitri e o Tagori, amigo dele. Não, o Tagori não é china nem japa, é brazuca mesmo. O Dimitri mora coma a Jéssica e é um cara bem afudê também. Eles me chamaram pra tomar ceva, óbvio que eu fui beber.

Depois de beber um pouco de Stella fomos prum pub muito afudê, tri bonito e tal, e na média dos preços. Aí voltamos pro ap dele, e já fomos pra casa de um tal de Élio. Da casa do Élio, saímos eu, o Dimitri, o Tagori, um Espanhol meio maluco, e esse Élio. Primeiro fomos pro Dicey's que é longe pra caralho. Tava legal até lá, mas muito cheio. Então o Tagori, o Dimitri e eu, fomos num pub ali do lado, não lembro o nome também (maldita memória de bêbado). Nesse pub tava como sempre: as irishs quase peladas com cara de vagabunda se fazendo pra todo mundo.

Até essa quinta, eu tava meio assim de trovar as minas, porque não achava que o meu inglês tava muito bom. Mas foi só eu ficar bebin que eu disse, "azar, vamo caí pra dentro das puta". Acho que eu cheguei em umas 3 irishs de cara, mas sem resultados. Os pubs aqui, alguns deles na real, são gigantes, tem 3 ou 4 andares. Por isso fui dar uma banda, nesse pub também tava cheio, então fiquei o primeiro "buraco" no meio de toda aquela gente. Eu tava bem de boa, bem na minha. Então do nada veio uma irish de azul, barriguda pra caralho, diga-se, se esfregando. Aí, não tinha o que fazer fiquei ali, curtino. Mas não tentei grudar ela, de pança, a minha já basta. Depois de sei lá quanto tempo, esse barriguda me puxa pra perto de uma amiga dela, QUE ESPETÁCULO, era uma morena gostosa, gostosa, gostosa, gostosa. Não preciso nem dizer que comecei a trovar ela.

Eu acho que essa morena me ouviu falar em português com o Dimitri, e no que eu fui falar com ela, ela já disse, "brasileiro?". E começamos a trovar em português mesmo, com ela toda vazada, e de farol aceso também (os detalhes fazem o bom texto). Ah, falando em detalhes, a unica coisa foda nela, era que ela tinha um dente alpinista, aqueles que sobem pra gengiva. Má no resto, ela era torta. A gente tava conversando no whiskas sachê: blá, blá, blá e por aí vai. Mas uma hora prestei mais atenção e vi que ela tinha um sotaque diferente, e perguntei da onde ela era, ela era italiana, cara, mas falava muito bem português. E ela era tão gostosa e tava se esfregando tanto, que eu fiquei maluco, maluco. Aí no que eu dei uma pedrada nela, ela disse em bom português: "Ah, tá bom (não, esse é o Juliano), tu fica se esfregando com a minha amiga e agora quer me pegar?" Eu tentei meter um agá nela, dizendo que eu não tinha visto ela e tal, o que era verdade. Mas não rolou nada.

Depois dessa puta eu me ajojei, assim como o Dimitri e o Tagori. Decidimos ir pra casa, a pé. Dava uns 30 minutos de caminhada, beleza, 30 minitos é de boa. Só COMEÇOU A CHOVER COMO SEMPRE NESSA MERDA, chegamos totalmente molhados em casa. E como já é de costume, fui pra aula na capa da gaita. Voltei pra casa, mandei o meu currículo pela internet pra uns 6 picos, e fui dormir.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Sobre as mulheres daqui

É o que mais me perguntam, ainda não conheci muita gringa aqui, mas já dá pra contar alguma coisa. Primeiro, as irishs se vestem que nem putas mesmo, cabelo loiro quase branco e com uns vestidos curtos pra caralho. As filhas da puta ainda dão moral pra todo mundo, inclusive pra mim. Quando eu fui numa night club, pensei que estivesse no céu, várias minas gostosas, com cara de putas, vestidas como putas e me olhando. Beleza, tô no paraíso mesmo.

Mas elas dão moral pra todo mundo, e não pegam ninguém. Eu vi vários caras chegando nessas minas e elas dando toco neles. Depois tem as espanholas, que são bem comuns aqui, elas vareiam um bastante, mas de modo geral, elas são hippies, e não vi nenhuma delas pegando ninguém. As brazucas vocês conhecem, as chinas não saem, e também não faz diferença porque elas são feias pra caralho. Tem as japas ou coreanas que também são feias e não pegam ninguem, mas ontem no diceys tinha duas coreanas lindas, mas tava com dois japa retardados e acabei não chegando nelas.

Assim que eu pegar uma internacional conto pra todo mundo. Peijos.

Segunda até hoje

Domingo saí pra beber com a Jéssica (amiga da Dani e agora minha amiga), não lembro muito bem de aonde a gente foi. Mas como eu moro longe e ela no centro, dormi na casa dela. Fui pra aula de ressaca já, e ainda fiz uma prova: tudo o que eu queria. Enquanto eu fazia a prova na recepção do bagulho, um monte de gente ficava saindo e entrando, e toda vez que a porta abria ela fazia um "píí". Pra piorar, tinha dois franceses com cara de viado que falavam alto pra caralho. Terminei a prova e meia hora depois me mandaram pra sala 3. Todo mundo na sala é gente boa, ou pelo menos parece, e tem brazuca pra caralho.

Mas como ninguém me perguntou sobre as minhas aulas, vou contar da putaria, ou tentativa. Ontem fui no Dicey's, um pico que nas terças serve Pint (cerveja no copo) por 2 euros, sendo que a média é 4, 5 ou 6 euros, ou seja, o bagulho tava cheio. Cheguei as 6h, eu acho, eu e a Jé. Fomos bebendo e tal. Depois de ficar meio bêbado, acabei sem querer, juro, falando com duas brasileiras, a Alessadra e a outra não lembro. Continuei bebendo e acabei pegando essa Alessandra. Depois de um tempo meio que enchi o saco dela e fui dar uma banda.

Nisso uma irish não parava de me olhar, e eu já bêbado, não pensei duas vezes: chamei ela pra conversar. Tava chuvendo afú, e a gente foi pruma parte mais calma do lugar, grudei ela. Ela me deu um "pseudo beijo" me olhou e disse: "Are you jew?" E eu disse, "Of course not, why would think I'm jew?", mas ela continuou: "You are jew, I'm catholic" e a puta saiu andando. Fiquei de cara pra caralho, puta.

No taxi de volta eu e a Jé pegamos um taxi de uma nigeriano muito louco, mas não lembro muito bem dessa parte, infelizmente.

Hoje fui pra aula de novo de ressaca, e depois caminhei pra caralho até a Trinity School (acho que é isso) pra fazer minha carteira de estudante. No longo caminho, uma mina de uns 16 anos veio falar comigo. Foi aí que eu vi que meu ingles tá bom, porque aquela piá falava rápido pra caralho, e cheio de sotaque. Ela disse que o alcoolismo na Irlanda tá aumentando e o uso de drogas também, aí ela me falou que um pico vendia drogas, e eu disse que não sabia. Ela estranhou e eu disse que era brasileiro, aí ela disse: "But you totally look irish", fiquei bem feliz que ela disse isso (guei). Mas só tô contanto isso, porque a mina tinha os dentes podres, cara, cheio de placa, sendo que ela era bem bonitinha. E foi nisso que eu me dei conta, além de quase não tomarem banho, os irishs não escovam os dentes, é muito comum ver gente desdentada por aqui.

Aí voltei pra casa e fui mandar meu currículo falcatrua pruns lugares aí, dizendo que o dono do Pinguim, por exemplo, é o Telles e dei o cel dele. Trabalhei no Carboni (o super mercado do Batata) de caixa, e no Cocão (clube do Pedro) por uns 2 anos como garçom! Espero que não liguem pra ninguém.

Depois disso acabei dormindo. Me acordaram pra jantar, aqui as familias comem as 19h, o que é uma bosta, porque as 22h já tô com fome de novo. Hoje vou ficar em casa, pra dar uma economizada, amanha tem um show de ska no centro, não lembro o nome do pub. Ah, e como eu comprei uma mochila, agora posso carregar um monte de coisa, inclusive uma máquina fotográfica. Então na próxima postagem vai ter fotos.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Resumindo tudo até agora

Nos primeiros dias que estive aqui, obviamente, fui beber ao invés de ficar na frente do pc, então só agora criei esse blog pra contar da minha viagem. Primeiro o nome do blog é uma longa história, então se alguém me perguntar, eu simplesmente não respondo.

Cheguei na Irlanda na quinta, a voo da São Paulo pra Madrid foi uma merda, não consegui dormir, e não sentou nenhuma mina gata perto de mim. Cheguei no aeroporto de Madrid as 6:45, e o meu voo pra Dublin era só 12:50. Passei um puta tempo se fazer nada. No avião conheci um casal de espanhóis bem afudês, e um cara me pagou uma ceva pra eu trocar de lugar com ele. Demorou uma hora e meia a viagem, mas foi tranquila.

Fui do aeroporto até a Pinne Valley Way 1, Dublin 16, longe e tudo e de todos. Aqui conheci o Jim primeiro, bem gente boa até, apesar de não falar muito. Depois chegaram duas espanholas que tão morando aqui também, a Ana e a Veronia. São legais também, mas fraca de aparencia as duas. Depois de conhecer todo mundo, fui dormir.

Vou dar continuidade no blog amanha, e já posto umas fotos também.