terça-feira, 28 de setembro de 2010

Dia do Arthur

O Arthur, como eu comentei no último post, foi o cara que inventou a Guinness. É justo ter um dia pra ele, ou pra Guinness, que seja, porque essa ceva é fora do sério. De qualquer maneira, o meu Arthurs day foi bem maluco.

A gurizada da escola ficou de vir aqui, mas vieram só o Julio, a Marieles e a Adriana. Tomamos caipirinha, umas cevas, e saímos. Ah, elas fuderam os meus planos, eu queria ir na Fábrica da Guinness, porque parece que tu pega uma ou duas pints de graça lá, mas tem que chegar no pico até às 17:59. Como elas se atrasaram, tivemos que ir pro Temple Bar.

Entramos em uns 2 ou 3 pubs, bebemos varias pints. Aí nos perdemos das minas e já não lembro de muita coisa. Tentei encontrar a Jéssica, mas ninguém conseguia me explicar aonde eles tavam. A essa hora já tava chovendo afu, e o Arthur's Day não tem nada demais (só a propaganda é legal), parece um sábado qualquer. Aí fui comer um baguete com o Julio e já voltei pra casa. Às 22h eu já tava apagadão. E não tenho como contar muita coisa, porque de fato não lembro.

Mas o finde foi bem bão. Sexta eu tava numa ressaca absurda, e só fui na casa da Jé comer um estrogonof (não sei escrever estrogonófe e não vou procurar no google). Tava boa a comida, é bom comer alguma coisa decente de vez enquando, porque como eu cozinho só pra mim, e sou preguiçoso, só como massa, arroz, batata e galinha, porque são coisas bem fáceis de fazer. Acabei dormindo por lá, porque ela mora longe e tava frio demais pra voltar caminhando.

Sábado pelo meio dia voltei pra casa. Na sexta de noite eu combinei com o Pablo de ver o jogo do Real Madrid no Living Room, o melhor pub de esportes o mundo, certo. Quando eu tava quase saindo de casa, me liga o Phillip, o alemão que trampa com o meu flatmate, me chamando pra tomar uma ceva. Chamei ele pra vir comigo, e ele topou. Eu gosto desse alemão, apesar dele ele ser meio mangolão (rimou). Tomamos umas 3 pints vendo o jogo, o Real empatou com um time da porra e o Pablo ficou puto, foi bem engraçado. Ele e a Raquel iam voltar pra Espanha no domingo, então pegaram o último bus pra casa.

Depois disso, fui com o Phillip pro Turkys Head, um pub tri afudê e que ia tocar uma banda brasileira. Lá, encontrei a Jé e a Catalina, uma argentina barriga verde. Mas o cara da noite, sem dúvida, foi o Weslei.

Como era noite de futebol, eu tava com a camisa do Grêmio, e isso é imã pra brasileiro, óbviamente. Eu tava pegando uma ceva e do nada veio um cara me agradecer pelo título do brasileirão, de cara deu pra ver que era flamenguista. Ficamos trovando um tempão, ele me contou que mora na Finlândia há mais de 10 anos, é DJ de funk carioca lá. Ele pagou umas 3 pints pra mim e não sei quantas pras minas. Essas que ele pagou, somado as que eu paguei somado as que eu roubei, deu pra ficar bem engraçada essa noite. Como eu sou um bebâdo gente fina, já convidei o cara que eu acabei de conhecer pra fazer uma carne no domingo, lá na casa da Jé e da Catalina.

Mas o engraçado de tudo é que o cara é o pior cafajeste que existe. Pra começar ele perdeu a virginidade com 10 anos com uma mulher de 30. O pior é que eu acredito nele, o que tem de gente maluca nesse mundo não é bobagem. No que a gente continuou conversando, eu perguntei pra ele por que ele tava de camisa e calça social, já que ele "faz som da favela" (palavras dele). Ele me disse que tinha noivado uma irish e tava com a familia dela antes de ir pra lá. E foi aí que ele me falou que ele tinha 3 namoradas e mais 2 noivas. Uma em cada canto da europa e outra no Brasil. E por causa disso que fico na obrigação de comentar que o cara é má feio que bater na mãe e a irish dele é bem pegável. Ficamos mais não sei quanto tempo conversando, e ele foi embora.

Quando eu voltei pro lugar onde eu tava, vi que o Phillip já tava fora da casa, nem ficava em pé direito. Não que eu fosse um exemplo de sobriedade, mas eu tava de boa. A banda era legalzin, apesar da vocalista ser fraca e ter gente demais tocando, sem necessidade. Mesmo assim, tocaram Tim Maia, Jorge Ben e Chico, foi legal. Voltei pra casa, foda que acordei às 11h da madrugada pra comprar a porra da carne pro churrasco.

A merda foi que a loja brasileira tem pouca carne, então só tinha picanha, as costelas tudo já tinham ido. Depois que eu comprei, fui pra casa das gurias, já que aqui não tem espaço nem pra um coração de galinha na geladeira. Chegando lá, a Catalina fez um "almoço", era uma salada com meia duzia de coisa mais que não faz nem merda. Mas tava bom, só que um gordo como eu precisa de 3kg de mato pra ficar satisfeito. Depois do "almoço", as gurias vieram pro centro e eu fiquei dormindo. Às 20h começamos a arrumar tudo, o Weslei trouxe o carvão e a patroa.

Como aqui na Irlanda eles não comem churrasco, eles não tem churrasqueira, só aquelas de bife. E como a Jéssica é um exemplo de inteligência, não tinha luz na rua, e ela marcou o churrasco de noite. Comecei a fazer a carne e a gurizada começou a chegar. Apesar de tudo, a carne ficou bem boa e as outras coisas que as gurias fizeram também. Ficamos discutindo futebol, bebendo e essas coisas. No final todos foram embora, menos o Guilherme (haha). Dormi lá de novo.

Na segunda a casa tava um lixo, mas como eu sou o cara mais legal das américas, limpei quase tudo SOZINHO (espero que a Jéssica leia isso). Volei pra casa e me ajojei. Hoje fui pra aula, larguei meu curriculo em um pub e voltei.

Hoje também um colega (ai, colega) me contou que vai ter oktoberfest aqui e que a ceva é razoavelmente mais barata que o normal, não preciso nem dizer que É ÓBIVO que eu vou. O bagulho começa na quinta, e como não vou sair hoje, nem amanhã, sexta ou segunda que vem eu posto de novo.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Sou um péssimo gaúcho

Segunda-feira (13), o Felipe, meu colega de Brasília, ficou enchendo o saco pra gente fazer uma festa aqui no meu flat. Falei com meia duzia de gente da nossa escola, e todo mundo se pilhou. Segunda de noite, falei com o Francisco (meu flatmate) e ele disse que ia chamar uns amigos também, pra gente fazer uma festa espano-brasileira. Tudo certo.

Na quarta, uma colega minha disse que não ia poder ir porque ela era judia e tinha que fazer o fasten -- ano novo judeu e tem que ficar sem comer nem beber por 25 horas, parece. Mudamos a data pra sábado. Eu falei com o Francisco de novo, mas ele disse que já tinha combinado com todo mundo. Resolvemos que teria festa sexta e sábado aqui. Avisei os meus colegas, só que muitos já tinham o que fazer na sexta. Aí vieram umas 7 pessoas, mais umas 8 ou 9 ou 10 convidadas pelo meu flatmate. Ele fez sangria uma bebida famosa na Espanha, mas é de mulherzinha: vinho, rum, coca, suco de fruta e não sei mais o quê. Não tem gosto de álcool (o que pode ser vantajoso), mas eu não curti muito. Fiz umas capirinhas, mas só as venezuelanas, o alemão e os brasileiros que gostaram.

A minha ideia era tomar umas aqui e depois irmos pro Temple Bar, mas ficamos trovando, e quando vi já era passado 1h da manhã, o que é tarde pra sair. Ali pelas 3h, metade da gurizada já tinha ido embora, o Francisco foi dormir e fiquei eu com os convidados dele. Às 4h, todo mundo vazou. Só pra não dizer que eu não fiz nenhuma piada enquanto eu tava bêbado; o alemão, as venezuelanas e eu estavamos falando de colonização. Aí ele disse que achava engraçadoa história de que os primeiros índios acharam que os cavaleiros em armaduras eram deuses, eu falei pra ele que na venezuela ainda é assim: chega de cavalo do ano e armadura brilhando, que todo mundo paga o teu pau. Só eu ri, mas sou auto-suficiente de piadas, e nem dei bola.

Sábado acordei com um pouco de dor de cabeça, mas comi um bagulho e logo passou. Limpei tudo, e às 21h já chegaram o Sami, o Rafa e o Jef aqui pra nova festa. Pelas 22h, chegaram o Tj e um outro saudita que eu não sei o nome. 22:30 chegou uma penca de espanhóis da minha escola. Só pra constar, o Felipe (que teve a ideia da festa) e a Alemã judia, a Rachel (que fez eu mudar o dia da festa) não vieram.

Tinha sobrado cerveja de sexta, e os espanhóis trouxeram mais muuuuuita ceva. Ficamos todos malucos e fomos pro Temple Bar. No caminho, a gente se separou, o Rafa e o Jef foram numa despedida, 4 espanholas voltaram, porque uma delas começou a passar mal. O resto e eu fomos pro Buskers. Tava muuuito afudê a noite, tirando o fato de o Sami não parar de peidar, tava tudo muito engraçado. Roubei 6 pints praticamente cheias, ps.: eram pints esquecidas num canto, eu não assaltava ninguém. E a partir dessa noite, só digo que sou italiano, todo mundo acredita. É só falar "MADONNA MIA!", e meia duzia de palavras que eu aprendi em italiano que a mentira já cola. Depois de tudo, voltei pra casa.

Domingo fui tomar ceva com uns amigos, e eu fiquei com vontade de sair, eles ajojaram. A Jé ia no The Morgan, um pico mais arrumadin que toca um som legal. Apesar de ela ter se atrasado uma hora e ter me dado o endereço errado, eu tava de bão humor. Tomamos um pouco de vodka e um resto de tequila, na casa de uns amigos dela, e fomos pra lá. O Morgan é um lugar tri, todas as minas mais gatas da história da humanidade se encontram lá aos domingos. Só de ver elas dançando, tu já te inspira pra trabalhar, juntar muito dinheiro, pra, SÓ ASSIM, conseguir uma mulher daquelas.

Não fizemos nada demais aquela noite, voltei pra casa, e não fui na aula segunda de manhã. Na tarde de segunda e na terça deixei o meu currículo em uns bares e lojas que tão pedindo staff pro natal. Terça também arrumei o meu quarto, que tava um lixo, e de noite fui no Dicey's, pra variar, com a gurizada da escola. Conheci um monte de gaúcho do interior (fui com a camisa do Grêmio), e um deles, de Santa Maria, disse que fez um churrascão com musica tradicional com os amigos na segunda, dia 20. Me senti um péssimo gaúcho. Voltei cedo, porque meio que enchi o saco de lá. Fui pra aula hoje, agora tô em casa.

Quinta é o Arthur's day, dia em homenagem ao cara que inventou a Guinness. Todos os museus e a fábrica da Guinness, que são pagos, ficam de graça nesse dia. E todo mundo do interior vem pra Dublin. Então chamei todo mundo pra gente beber caipirinha aqui e depois irmos nos pubs. Sexta eu conto como foi.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Viagem pra Galway

Era sexta-feira de noite, eu não tinha nada pra faze, então liguei pra uma colega minha, a Marcella, perguntando o que ela ia fazer. Ela me disse que não ia sair porque ia viajar pra Galway sábado de manhã. E me convidou pra ir. Eu disse que ia pensar, msa 5 minutos depois liguei de volta confirmando a minha ilustre presença.

Acordei sábado às sete, e pensei: "bá, se pá eras ficar em casa", mas depois de 20 de luta contra a cama, eu me levantei. Caminhei até o Spire e encontrei a Agnes e a Marcella. Pegamos o ônibus e fomos pra Galway. Só pra constar, Galway é uma praia do lado oeste da Irlanda, e é famosa pelos penhascos que tem por lá. São 3 horas de viagem, e a gente ficou falando besteira no início, mas depois eu acabei dormindo, não sei das gurias.

Chegamos em Galway às 11 horas da manhã, e ficamos num hostel bem do lado da rodoviária. Mas o nosso check in era só às 15h, então deixamos as malas num lugar especial que eles tem e fomos comer. Como a gente não conhecia a cidade, perguntamos pros caras do hostel mesmo onde comer barato, o atendente nos falou de uns pubs que serviam o irsh breakfast tradicional, por 8 euros. As duas gurias não tavam muito pelo irish breakfast porque no café que elas trampam elas sempre fazem esse breakfast, mas eu enchi o saco e elas toparam.

O café era bem bom, mesmo, tem uma foto no meu orkut. Como já tinha um monte de gente bebendo de manhã, também pedimos uma pint de Guinnes cada um. Depois disso, voltamos pra rodoviária e compramos uma passagem pra um ônibus turistico.