terça-feira, 31 de agosto de 2010

Esses últimos dias foram bem fodas, por isso demorei tanto tempo pra postar de novo. Mas, pra começar o post já "causando" (bem guei), digo de cara: larguei o trampo.

Quando eu tava de garçom era tranquilo: eu entrava às 16:30 e saía à meia noite e meia. Apesar de toda a merda que eu tinha que aguentar, eu trabalhava 8 horas e recebia por 8 horas. Só que o restaurante tava com o movimento muito fraco, segunda, por exemplo, vinham uns 4 ou 5 clientes a noite toda. Então a Helena me falou que eles não tinham mais porque pagar um garçom, mas se eu quisesse continuar trabalhando lá, eu poderia começar no take-away. Eu topei. Isso era quinta, eu ganhei sexta de off e voltaria no sábado.

Sexta de noite, chegaram umas espanholas amigas do Francisco, 5 minas, 3 gatas. Ele fez uma festinha aqui, tinha gente de tudo quanto é canto do mundo. Conheci o único polish magrelo, normalmente eles são todos gigantes. Também conheci um irish gago, foi foda entender o que ele falava, foda mesmo. O Francisco, que fala inglês muito bem, me falou que também não entende muito bem o que o cara fala. Eu fiquei mais tempo conversando com as espanholas, óbvio, mas como eu tinha que trampar sábado de manhã, não fiquei muito tempo.

Comecei no sábado ao meio dia. Era o Dino que tava me ensinando tudo, foi tranquilo até, acho que ele tava de bom humor naquele dia. Aprendi tudo o que tinha que fazer lá: cortar batata, fazer os hamburguers, preparar a galinha, limpar tudo e por aí vai. Era um trabalho beeeem pesado. Alí por volta das 18h, o resto da familia começou a aparecer, e o Dino sumiu. Continuei trabalhando, até que a Lisa disse pra eu virar o noite lá, eu me caguei todo, não ia ter condições de virar a noite. Mas continuei. Uma hora depois, umas 19h, o Dino aparece e me pergunta por que eu ainda tava lá, respondi que a Lisa tinha me pedido. Ele xingou a Lisa e falou pra eu voltar na segunda.

Como eu tava louco pra tomar uma ceva, ainda no ônibus de volta, liguei pros meus colegas pra gente sair. O Felipe e o Saulo tavam no Buskers, cheguei em casa, tomei banho, e fui lá encontrar com eles. Ficamos de boa lá, tavam a Marielis, uma venezuelana, e outra amiga dela que eu não lembro o nome. Como eu disse, ficamos de boa, até que o Felipe esbarra em um polonês que mais parecia o Brock Lesnar (vide no google). Assim que o Felipe esbarrou nele, o Lesnar grita BEM ALTO: "Don't you touch me!". Me levantei e fui em direção a eles.

Em 5 segundos eu vi toda merda acontecer e pensei: "O Lesnar dá pra derrubar porque ele não vai me ver chegando, mas o que eu faço com os outros 5 polish?". Só um parênteses pra quem não sabe, os polish são a maior comunidade de estrangeiros aqui, são tudo loco e são TODOS gigantes. Pra vocês terem uma ideia de como eu vi a morte de perto, o Felipe tem 1,90, é o maior dos brasileiros, e ele era menor que o menor dos polish.

No que eu tava indo esboçar uma reação, um dos amigos do Lesnar separou a briga e pediu desculpas pelo amigo que tava bêbado. Eu juro que quase me mijei de alivio. Um tempo depois a gente foi pra rua, pras gurias pegarem um taxi. A gente mal saiu do pico e rolou uma briga de verdade. Fiquei por perto pra ver quem era ou o porque da briga, mas não deu pra ver. Mas foi impressionante a velocidade da reação da policia e dos seguranças. No temple bar, os pubs são bem próximos, e logo que a briga começou, os seguranças de outros pubs vieram ajudar. Em menos de 1 minuto, tava cheio de polícia e segurança na frente do Buskers. Depois de tudo isso, cada um foi pra sua casa.

Domingo saí com o Francisco e as amigas dele, a gente foi no Turkeys head, um pub legalzin aqui perto de casa. Eu tava falando direto com uma das minas, mas o Francisco fez o favor de dizer que eu tinha 21 (todas elas tinham mais de 28) depois ela ficou me tirando pra piá. Mas foi legal a noite mesmo assim, vou procurar elas no facebook, já que elas tiraram um monte de foto comigo. Pelas 4 horas da manhã, voltamos pra casa.

Segunda entrei às 16:30 no take-away, só que foi o Aqmel (paquistanês) que continuou o trainee. Ele não fala quase nada de inglês, mas era trabalhador, paciênte e tava sempre de bom humor. Ele me contou que tava no emprego há dois anos, e que mais de 20 pessoas já passaram pela vaga que eu tava. Com o tempo, a gente passou a se entender melhor, aí perguntei da vida dele e tal. Ele tem 5 filhos e duas mulheres, uma aqui e a outra no paquistão. Mas às 2 horas da manhã, o Arqmel já não tava mais de bom humor, e nem tinha como, o trampo era muito pesado. Ali pelas 4 e pouco a Helena apareceu pra nos dar carona pra casa, cobrando 3 euros, óbvio. Ela me deixou por segundo, cheguei em casa às 5 horas da manha. Terça o mesmo.

Mas terça no caminho de volta, tive a brilhante ideia de perguntar pra minha gerente quanto eu receberia por noite, porque 8.56 vezes mil horas, eu ganharia uma grana. Mas ela me disse que eu receberia 75 euros por noite. 75 euros é o minimo pra 8 horas de trabalho durante o dia. Mas eu disse "ok" e fiquei na minha. Quarta, ganhei folga, e mandei uma mensagem dizendo que tinha arranjado outro trampo (mentira). Larguei fora, sem condições aquela merda, mas tenho o bastante pra pagar o aluguel do mês que vem, então tá de boa.

5 comentários:

  1. ...logo que a briga começou, os seguranças de outros pubs vieram ajudar. Em menos de 1 minuto, tava cheio de polícia e segurança na frente do Buskers.

    Como assim, polícia na rua separando briga??? Seguranças??? Mas Dublin está virada em bundõessshhh!!! Boa é a Lapa onde as pessoas descem do ônibus às 4h da manhã sambando, a criminalidade é zero e as ruas são pavimentadas com pirulito!!!

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  2. Hahahahaha, sim, aqui só o Ungareti teria coragem de ir nos lugares marginais.

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  3. oi no mundo tem de tudo até gente que briga kkkk
    e diz é esporte né meu kkkkkkkkkkkkk
    mas imagino a que conta pois na verdade foi inteligente e correu né kkkkkkkkk
    mas e os italianos compareceram com dindin

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  4. paciente tem acento?
    lendo o teu blog só me dá mais vontade de ri embora daqui.
    nem vou ler mais. mentira. (:
    bjo, liquinho.

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