quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Sou um péssimo gaúcho

Segunda-feira (13), o Felipe, meu colega de Brasília, ficou enchendo o saco pra gente fazer uma festa aqui no meu flat. Falei com meia duzia de gente da nossa escola, e todo mundo se pilhou. Segunda de noite, falei com o Francisco (meu flatmate) e ele disse que ia chamar uns amigos também, pra gente fazer uma festa espano-brasileira. Tudo certo.

Na quarta, uma colega minha disse que não ia poder ir porque ela era judia e tinha que fazer o fasten -- ano novo judeu e tem que ficar sem comer nem beber por 25 horas, parece. Mudamos a data pra sábado. Eu falei com o Francisco de novo, mas ele disse que já tinha combinado com todo mundo. Resolvemos que teria festa sexta e sábado aqui. Avisei os meus colegas, só que muitos já tinham o que fazer na sexta. Aí vieram umas 7 pessoas, mais umas 8 ou 9 ou 10 convidadas pelo meu flatmate. Ele fez sangria uma bebida famosa na Espanha, mas é de mulherzinha: vinho, rum, coca, suco de fruta e não sei mais o quê. Não tem gosto de álcool (o que pode ser vantajoso), mas eu não curti muito. Fiz umas capirinhas, mas só as venezuelanas, o alemão e os brasileiros que gostaram.

A minha ideia era tomar umas aqui e depois irmos pro Temple Bar, mas ficamos trovando, e quando vi já era passado 1h da manhã, o que é tarde pra sair. Ali pelas 3h, metade da gurizada já tinha ido embora, o Francisco foi dormir e fiquei eu com os convidados dele. Às 4h, todo mundo vazou. Só pra não dizer que eu não fiz nenhuma piada enquanto eu tava bêbado; o alemão, as venezuelanas e eu estavamos falando de colonização. Aí ele disse que achava engraçadoa história de que os primeiros índios acharam que os cavaleiros em armaduras eram deuses, eu falei pra ele que na venezuela ainda é assim: chega de cavalo do ano e armadura brilhando, que todo mundo paga o teu pau. Só eu ri, mas sou auto-suficiente de piadas, e nem dei bola.

Sábado acordei com um pouco de dor de cabeça, mas comi um bagulho e logo passou. Limpei tudo, e às 21h já chegaram o Sami, o Rafa e o Jef aqui pra nova festa. Pelas 22h, chegaram o Tj e um outro saudita que eu não sei o nome. 22:30 chegou uma penca de espanhóis da minha escola. Só pra constar, o Felipe (que teve a ideia da festa) e a Alemã judia, a Rachel (que fez eu mudar o dia da festa) não vieram.

Tinha sobrado cerveja de sexta, e os espanhóis trouxeram mais muuuuuita ceva. Ficamos todos malucos e fomos pro Temple Bar. No caminho, a gente se separou, o Rafa e o Jef foram numa despedida, 4 espanholas voltaram, porque uma delas começou a passar mal. O resto e eu fomos pro Buskers. Tava muuuito afudê a noite, tirando o fato de o Sami não parar de peidar, tava tudo muito engraçado. Roubei 6 pints praticamente cheias, ps.: eram pints esquecidas num canto, eu não assaltava ninguém. E a partir dessa noite, só digo que sou italiano, todo mundo acredita. É só falar "MADONNA MIA!", e meia duzia de palavras que eu aprendi em italiano que a mentira já cola. Depois de tudo, voltei pra casa.

Domingo fui tomar ceva com uns amigos, e eu fiquei com vontade de sair, eles ajojaram. A Jé ia no The Morgan, um pico mais arrumadin que toca um som legal. Apesar de ela ter se atrasado uma hora e ter me dado o endereço errado, eu tava de bão humor. Tomamos um pouco de vodka e um resto de tequila, na casa de uns amigos dela, e fomos pra lá. O Morgan é um lugar tri, todas as minas mais gatas da história da humanidade se encontram lá aos domingos. Só de ver elas dançando, tu já te inspira pra trabalhar, juntar muito dinheiro, pra, SÓ ASSIM, conseguir uma mulher daquelas.

Não fizemos nada demais aquela noite, voltei pra casa, e não fui na aula segunda de manhã. Na tarde de segunda e na terça deixei o meu currículo em uns bares e lojas que tão pedindo staff pro natal. Terça também arrumei o meu quarto, que tava um lixo, e de noite fui no Dicey's, pra variar, com a gurizada da escola. Conheci um monte de gaúcho do interior (fui com a camisa do Grêmio), e um deles, de Santa Maria, disse que fez um churrascão com musica tradicional com os amigos na segunda, dia 20. Me senti um péssimo gaúcho. Voltei cedo, porque meio que enchi o saco de lá. Fui pra aula hoje, agora tô em casa.

Quinta é o Arthur's day, dia em homenagem ao cara que inventou a Guinness. Todos os museus e a fábrica da Guinness, que são pagos, ficam de graça nesse dia. E todo mundo do interior vem pra Dublin. Então chamei todo mundo pra gente beber caipirinha aqui e depois irmos nos pubs. Sexta eu conto como foi.

2 comentários:

  1. se todas as mulheres mais gatas do mundo vão praquele lugar no domingo, porque que eu tava em casa?

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  2. "Não tem gosto de álcool (o que pode ser vantajoso)"

    aekuaekaueukeauekuaekuakeukauakeeu
    sempre o bom e velho gordo!

    OO... me explica uma coisa... tu esperou 1h por essa jéssica?? e tava de bom humor??? vai te fuder! qdo tu voltar vou te fazer esperar 1he 1min e ai de ti se der UM único piu!

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